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Criopreservação de óvulos

 

Toda mulher, ou pelo menos a maioria, quer ser mãe. Porém, com a correria da vida moderna e acúmulo de responsabilidades, a tão desejada maternidade está ficando cada vez mais para ‘depois’. E caminhando ao lado da humanidade, a ciência faz sua parte: a vitrificação, mais conhecida como um processo de congelamento de óvulos humanos, possibilita que as mulheres guardem seus óvulos para a ‘hora certa’.



Ao oposto do esperma, que pode ser facilmente congelado, descongelado e usado em tratamentos de fertilidade, os óvulos são muito frágeis e, muitas vezes, acabam danificados durante o processo. Mas afinal, como funciona a vitrificação?



De acordo com o especialista em Reprodução Humana, Edilberto Araújo Filho, e a embriologista Ligia Previato de Araújo, vitrificar óvulos é armazená-los com um ‘segredo’: preservar a integridade celular. “A vitrificação não forma cristais de gelo durante o congelamento, que sempre foi o grande desafio das técnicas de preservação de óvulos”, explica os profissionais do CRH de Rio Preto.



Para a paciente conseguir óvulos para vitrificar ela precisa estimular seus ovários para produção de inúmeros folículos dentro do qual estão os óvulos. O processo é simples, mas exige muita habilidade técnica, pois os óvulos são expostos em duas soluções e o tempo de exposição tem que ser rigorosamente controlado para não lesá-los. Uma solução é de equilíbrio e a outra é de vitrificação propriamente dita.



 

A criopreservação de óvulos certamente é um marco na ciência da reprodução humana. Acabará com as questões éticas sobre o destino dos embriões congelados, uma vez que o óvulo é um gameta e podemos descartá-los. Já o mesmo não pode ser feito com embriões.

Nós do CRH Rio Preto usamos a técnica há três anos, com a finalidade de preservar, principalmente, a fertilidade de pacientes em tratamento de câncer. Além disso, utilizamos a técnica para congelar o excedente de óvulos produzidos durante o tratamento para engravidar e indicamos para mulheres que objetivam programar a maternidade.

É importante lembrar que as chances com óvulos congelados não são as mesmas que com óvulos a fresco, mas como a mulher tem um relógio biológico, hoje já é possível preservar seus gametas (óvulos) para utilização em uma idade mais avançada, já que eles permanecem com a idade do momento do congelamento.

A vitrificação é um dos grandes avançados da reprodução assistida, pois permite não só a conservação eficaz da carga genética feminina por tempo indeterminado como resolve um problema ético e religioso, importante para casais que querem se desfazer de sua carga genética quando satisfeitos com o resultado do tratamento.

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