O casal infértil é aquele que, com mais de um ano de relações sexuais desprotegidas (sem uso de método anticoncepcional) e freqüentes, não conseguiu engravidar. Mas lembre-se que, embora pareça simples, a gravidez é o resultado de um ciclo que deve funcionar perfeitamente.



Aproximadamente 14 dias após a menstruação (em um ciclo menstrual de 28 dias), o ovário da mulher libera geralmente um óvulo. Este processo é o que chamamos de ovulação.



Após liberado, o oócito precisa ser capturado pela trompa. Dentro da trompa de falópio, os espermatozóides do marido (liberado durante a relação sexual) encontram-se com óvulo e o fertiliza.



O oócito possui presença do material genético do pai e da mãe. No prazo de 3 a 5 dias o zigoto (oócito fertilizado) caminha pela trompa de falópio multiplicando suas células até o seu grande destino, o útero.



No útero, o agora pré-embrião, com aproximadamente 150 células, rompe seu invólucro e libera essas células que vão implantar na parede do útero. Essas células (sinciotrofoblasto) invadem o endométrio, causando uma erosão de vasos e glândulas, formando lacunas contendo sangue e secreções endometriais que nutrem o embrião inicialmente por difusão.



A partir daí existe um longo e complexo caminho a percorrer, cheio de obstáculos a serem vencidos, inclusive as próprias defesas da mãe (anticorpos materno) contra o embrião, já que este é um corpo estranho, pois metade do material genético vem do pai. O período mais crítico geralmente vai até o terceiro mês da gestação, onde o embrião esta mais susceptível às adversidades da gravidez.



Um diagnóstico de infertilidade não significa a impossibilidade de ter filhos. Pode significar que a gravidez é um desafio a ser vencido mais facilmente com a ajuda de um tratamento médico. Os tratamentos atuais oferecem uma boa taxa de sucesso, e cerca de três de cada quatro mulheres engravidarão com o tratamento.