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Filho após a vasectomia

Autor: Ligia Fernanda Previato Araujo

Data: 20/08/2009

Uma nova geração de homens torna-se pais mesmo após serem esterilizados. A afirmação parece estranha, mas é o que tem acontecido com freqüência, principalmente com o aumento de divórcios e com a formação de novas famílias. Os homens casam, têm filhos, operam, separam-se e querem filhos novamente. Com a ajuda das técnicas de reprodução humana assistida, este desejo é completamente viável!



“Esta cada vez mais comum a presença de casais que se submetem as técnicas de Reprodução Assistida devido a vasectomia. São homens que já passaram por um relacionamento, tiveram filhos e acreditavam que sua prole estava completa. Porém, na vida há situações que não são planejadas e por algum motivo (separação, morte do cônjuge) esses homens estão agora em outro relacionamento. Para concretizar esse amor, esse casal deseja ter um filho”, afirma a embriologista do Centro de Reprodução Humana de Rio Preto, Ligia Fernanda Previato Araújo.



De acordo com a embriologista, houve um caso muito interessante na clínica. O paciente estava no 2° casamento, já tinha dois meninos e a esposa também trazia um menino de outro relacionamento. “O casamento estava muito feliz. Eles queriam um fruto dessa união. Porém, vasectomizado há 20 anos, esse paciente foi desencorajado por seu urologista a fazer a reversão”, conta a embriologista, ressaltando que, segundo especialistas, a medida que o tempo passa é muito difícil restabelecer a fertilidade natural no homem vasectomizado.

 



Por este motivo o urologista indicou que o paciente procurasse o Centro de Reprodução Humana de Rio Preto. “Na cirurgia de vasectomia o canal pelo qual passam os espermatozóides é cortado, semelhante a laqueadura tubárea realizada nas mulheres. Porém, muito mais simples. A vasectomia é um procedimento rápido, feito anestesia local a nível ambulatorial. A única coisa que muda no semêm é a presença dos espermatozóides que não ocorrerá mais. Do resto tudo fica igual”.



As técnicas de Reprodução Assistida nos permitem retirar (colher) espermatozóides de um homem vasectomizado diretamente do epidídimo. Então, através de uma agulha muita fina, o urologista retira do epidídimo espermatozóides (PESA). Geralmente é feita uma anestesia local e o procedimento é muito rápido. No laboratório, o embriologista faz a identificação dos espermatozóides através de um microscópio. Eles são tratados para fertilizar o óvulo da esposa que passará também pelo processo de coleta de óvulos.

 



Todo esse processo não teria sentido nenhum se não fosse a ICSI, técnica desenvolvida por um italiano em 1.992, que possibilita a fertilização do óvulo apenas com um espermatozóide, enquanto que na natureza precisamos de pelo menos 100 mil para oócito. Através de uma agulha mais fina que um fio de cabelo esses espermatozóides são injetados no óvulo formando os embriões que serão transferidos para o útero da mãe.



Estima-se hoje que aproximadamente 8% dos homens vasectomizados são submetidos a reversão do procedimento, e o contingente de homens que procuram a vasectomia continua o mesmo .

 



Critérios para a realização da vasectomia:



Idade do paciente: superior a 25 anos

 



Pelo menos 02 filhos vivos



Ou quando a esposa corre risco de morte caso ocorra gravidez.

 

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