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Você sabe qual é a diferença entre o espermograma simples e o amplificado?


No espermograma simples, é feita a avaliação básica do sêmen: cor, viscosidade, volume, número de espermatozoides, avaliação das formas normais (ovais) e anormais e o número de espermatozoides que estão móveis. Então, temos uma noção básica de como estão os espermatozoides. É um exame muito eficaz, que já traz o diagnóstico, além de ser o mais utilizado. A avaliação é feita de acordo com os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde, que preconiza o exame.


Fazemos a análise no aumento de até 400 vezes no espermograma simples, então temos uma visão geral de como está o material, mas não conseguimos visualizar, por exemplo, o citoplasma do espermatozoide. No espermograma amplificado, temos uma análise muito mais detalhada, já que o aumento é de mais de 8.500 vezes em cima do espermatozoide. Além de fazermos uma análise básica dessa célula, também há uma análise da capacitação que é feita através de gradientes descontínuos de diferentes densidades , ou seja, sabemos como e quantos espermatozoides chegariam nas trompas para fertilizar o oócito como se os mesmos estivessem dentro do trato genital feminino.


Depois disso, analisamos pelo menos 100 espermatozoides para ver se os núcleos têm vacúolos ,que estão associados à fragmentação do DNA. Uma vez o DNA fragmentado, mostra que o espermatozoide está comprometido – isso quer dizer que ele pode fertilizar o óvulo, mas forma um embrião anormal. Esse exame, portanto, nos permite quantificar o número de espermatozoides vacuolizados. A partir desse diagnóstico, partimos para um tratamento específico.


Isso mudaria toda a nossa estratégia de tratamento. Primeiro trata-se o paciente e depois fazemos algum tipo de tratamento (fertilização, coito programado ou inseminação). Por que não tratar, independente de ter vacúolo ou não? O tratamento é feito basicamente com antioxidantes e sabemos que o uso exagerado de antioxidantes pode piorar um quadro ou causar um problema no organismo. Por isso, precisamos saber primeiro se há vacúolos para direcionar o tratamento.


Fonte: Ligia Previato, embriologista e chefe de laboratório do Centro de Reprodução Humana de Rio Preto

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