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Cigarro está associado a diversas causas de infertilidade

31/05 - Dia Mundial semTabaco

O fumo pode provocar diminuição de ovulação na mulher e aumento do número

de gametas defeituosos no homem


Dados publicados pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) apontam que homens e mulheres fumantes têm chance 3 vezes maior de sofrerem de infertilidade quando comparados àqueles que não fumam.


A fumaça do cigarro contém centenas de substâncias tóxicas e radioativas que afetam a função reprodutiva em vários níveis, podendo prejudicar a produção de espermatozoides, a motilidade tubária (importante para a captação do óvulo que sai do ovário no momento da ovulação), a divisão das células do embrião, a formação do blastocisto acima de 100 células e a implantação.


Mulheres fumantes podem apresentar maior incidência de irregularidade menstrual e amenorreia - falta de menstruação. Estudos indicam que a fertilidade é reduzida em 25% nas mulheres que fumam até 20 cigarros ao dia, e 43% naquelas que fumam mais de 20 cigarros, mostrando que o declínio da fertilidade tem relação direta com a dose de nicotina absorvida pelo organismo. Além disso, durante a gestação, o fumo pode aumentar a incidência de placenta prévia (placenta baixa), descolamento prematuro da placenta e parto prematuro.


De acordo com o Dr. Edilberto de Araújo Filho, do Centro de Reprodução Humana de Rio Preto (CRH), o cigarro causa diversos prejuízos à fertilidade feminina e o impacto na saúde dos ovários pode ser grande. "A mulher que fuma pode apresentar comprometimento folicular, alteração das características fisiológicas tubárias, alteração nas taxas hormonais e interferência na gametogênese e fertilização, além de revelar maior dificuldade na implantação do embrião, pois o endométrio também sofre agressões", explica o médico.


Segundo a embriologista Lígia Fernanda Previato Araújo, chefe de laboratório do CRH Rio Preto, a fertilidade masculina também é prejudicada pelo cigarro, já que, com o aumento da oxidação causada pelo fumo, ocorrem alterações significativas no potencial de fertilização do espermatozoide. "O tabaco afeta diretamente a formação dos espermatozoides, causando alterações na concentração, morfologia, motilidade e, principalmente, no DNA dos espermatozoides, danificando o gameta e, muitas vezes, inviabilizando a fertilização. Quando a fertilização ocorre, pode formar um embrião geneticamente anormal e, nesse caso, o embrião não implanta ou, se implantar, o organismo vai rejeitar, ocorrendo o aborto espontâneo", afirma Lígia.


Para o casal em tratamento, o fumo representa menor taxa de fertilização, resultando em prejuízo nas taxas de nascimento e, muitas vezes, obrigando o casal a se submeter ao dobro de tentativas de fertilização. Além disso, o cigarro diminui a qualidade e quantidade de embriões por ciclo, fazendo com que a estimulação ovariana precise ser prolongada em muitos casos.


Estatísticas

-Estudos atuais mostram que 13% da infertilidade feminina pode ser atribuída ao cigarro;

-10 cigarros por dia já são o suficiente para prejudicar a fertilidade;

-Mulheres tabagistas crônicas entrarão mais cedo na menopausa (um a quatro anos antes), o que pode ser atribuído à aceleração da diminuição do estoque de óvulos;

-O hábito de fumar está associado a um aumento no risco de abortamento (aumenta em até 27%) e gravidez ectópica (gravidez nas tubas);

-O cigarro na gravidez prejudica a fertilidade do filho homem;

-Homens que fumam têm mais espermatozoides anormais que os não fumantes e a porcentagem de espermatozoides anormais está diretamente ligada ao número de cigarros fumados por dia;

-Fumantes passivos (tanto homens como mulheres) com exposição excessiva ao cigarro também têm maior incidência de todas as alterações descritas acima.


Escrito por: Ética Comunicação

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